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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

ESTADO

Irmão de Wilma de Faria depõe hoje no processo do ‘Foliaduto’
 
Um dos principais nomes que integram o esquema relacionado ao processo do "Foliaduto" - que se caracterizou por supostos desvios de recursos da Fundação de Cultura José Augusto (FJA) em 2006 - prestará depoimento hoje à Justiça estadual: o médico Carlos Faria, irmão da ex-governadora Wilma de Faria (PSB), no período em que ela estava no exercício do cargo. 

A denúncia do Ministério Público foi feita ainda em 2006, mas Carlos Faria foi beneficiado por decisão liminar que conseguiu no Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde foi retirado momentaneamente da lista de réus do processo.
 
Com o mérito do processo no STJ, incluindo Carlos Faria como réu no processo, o irmão da ex-governadora Wilma de Faria irá depor hoje e responder aos questionamentos da juíza Ada Galvão, titular da 5ª Vara Criminal. Após o depoimento do médico, o processo entra na fase de diligências, já que todos os outros réus foram ouvidos. 

Nessa etapa, os advogados de defesa e a acusação poderão solicitar as últimas diligências antes da fase de alegações finais, que antecede à sentença.
 
No depoimento de hoje, marcado para as 11h, Carlos Faria manterá a linha de defesa negando qualquer envolvimento no Foliaduto, onde é denunciado desvio de quase R$ 2 milhões. Durante o período em que ocorreu o desvio de recursos, através de licitações da Fundação José Augusto, Faria era o secretário do Gabinete Civil da então governadora Wilma de Faria. Na ação, o Ministério Público aponta o irmão da ex-gestora como sendo o grande operacionalizador da fraude.
 
O Foliaduto ocorreu durante o carnaval de 2006. A Fundação José Augusto pagou quase R$ 2 milhões em shows que supostamente teriam sido realizados nos festejos de momo no interior. No entanto, nenhuma das festas ocorreu.
 
Na prática, o Governo Wilma de Faria pagou por shows "fantasmas". Todo o processo de contratação, com dispensa de licitação, foi feito pela Fundação José Augusto. Era do empresário Fabiano Motta, proprietário da FC Produções, a emissão das notas fiscais dos shows fantasmas.
 
Como réus no processo, além do irmão da ex-governadora, figuram também Ítalo Gurgel, Cícero Duarte, Jefferson Pessoa Tavares e Haroldo Sérgio, bem como José Antônio Pinheiro, Sumay Aby Faraj e Fabiano Motta.

Fonte: Defato.com

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