Memorial às vítimas de Covid

quarta-feira, 6 de junho de 2012

SAÚDE

O que você precisa saber sobre a dengue

O que é

O tempo que o mosquito da dengue leva para se desenvolver e passar da fase de ovo para a fase de mosquito adulto é de 7 a 10 dias e a grande maioria dos focos estão dentro das casas. Se você controlar os focos de sua casa, verificando e eliminando os criadouros uma vez por semana, pode interromper o ciclo e evitar o nascimento de novos mosquitos.

É muito importante ter estes cuidados semanalmente, pois o número de casos da dengue previstos para 2012 deve ser elevado com a chegada do vírus tipo 4 – identificado pela primeira vez este ano no Estado do Rio de Janeiro – que expõe toda a população do risco da doença, mesmo aqueles que já tiveram os tipos 1, 2 ou 3, pois a pessoa só fica imune ao tipo de vírus que já contraiu.

Fique atento, se informe e não deixe o mosquito se multiplicar. Faça sua parte!

O que é?
A dengue é uma doença infecciosa febril aguda, que pode se apresentar de forma benigna ou grave. Isso vai depender de diversos fatores – o vírus, uma eventual infecção anterior e fatores individuais, como doenças crônicas (diabetes, asma brônquica, anemia falciforme).
Qual a causa da doença?
A doença é causada por infecção pelo vírus, que é transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti.
Quais os sintomas mais comuns?
O doente pode ter febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, náuseas ou até mesmo não apresentar nenhum sintoma. O aparecimento de manchas vermelhas na pele, sangramentos no nariz e nas gengivas, dores abdominais intensas e contínuas e vômitos persistentes podem indicar a evolução para dengue hemorrágica. Esse é um quadro grave que necessita de imediata atenção médica, pois pode ser fatal.

Quando o médico deve ser procurado?
É importante procurar orientação médica assim que surgirem os primeiros sintomas da doença, pois as manifestações iniciais podem ser confundidas com outras doenças, como febre amarela, malária ou leptospirose.

Como a dengue é transmitida?
A doença é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. Não há nenhum risco de transmissão pelo contato direto com um doente ou suas secreções, nem por meio de fontes de água ou alimento.

Como tratar a doença?
É muito importante ingerir líquidos, como água, sucos, chás, soros caseiros etc. Não devem ser usados medicamentos à base de ácido acetil salicílico e antiinflamatórios, como aspirina e AAS, pois podem aumentar o risco de hemorragias. Os sintomas podem ser tratados com dipirona ou paracetamol.

É possível prevenir a dengue?
A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos do mosquito – principalmente locais com acúmulo de água parada, que são propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d’água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.

Mantenha os suportes dos vasos de plantas sempre cheios de areia. O controle semanal dos focos pode ajudar a evitar a proliferação da doença.

Tipos de dengue


Rio tem novo tipo de vírus da dengue
Um novo vírus da dengue foi identificado neste ano no Rio de Janeiro, elevando para quatro os tipos circulantes no estado. Os tipos 1, 2, 3 e 4 causam os mesmos sintomas: dores fortes de cabeça e nas articulações, febre alta, manchas avermelhadas na pele e indisposição.

Além do vírus do tipo 4, há uma circulação intensa do tipo 1 em todas as cidades do estado, o que coloca em alerta governos e autoridades sanitárias. Vale ressaltar que quem já teve dengue fica imune apenas ao tipo de vírus que foi contraído, mas pode pegar a doença novamente pela infecção de outros tipos de vírus.

Todos os tipos de dengue podem levar a casos mais graves da doença, pois o vírus altera a permeabilidade dos vasos sanguíneos, causando a perda de líquidos. Por isso, é muito importante o acompanhamento médico e a ingestão de bastante líquido durante o tratamento.

Nos últimos 20 anos, o Brasil passou por quatro grandes epidemias: 1998, 2002, 2008 e 2010. Todas foram associadas à mudança do sorotipo do vírus predominante. Em julho de 2010, o estado de Roraima registrou o primeiro suspeito de dengue tipo 4 – 28 anos depois de este sorotipo ter circulado no país pela primeira vez.

Fatores que influenciam na expansão da doença

Fatores

A dengue não é só um problema de saúde. A transmissão da doença envolve uma série de fatores que contribuem para a continuidade do mosquito transmissor no meio ambiente, o que torna praticamente impossível sua erradicação.

O primeiro deles é o aumento da população que vive aglomerada em áreas urbanas, sem imunidade ao vírus, o que aumenta o risco de epidemias. Os hábitos do mosquito também contribuem para a disseminação da doença, pois ele se adapta facilmente às mudanças climáticas e se reproduz dentro das casas das pessoas. A fêmea espalha seus ovos por locais com sombra e água parada – e os ovos podem sobreviver até um ano sem água.

O abastecimento irregular de água e o aumento do lixo urbano é outro fator que influencia na proliferação: recipientes que acumulam água parada (caixa d’água, garrafas, pneus, latas etc.) podem ser criadouros do aedes aegypti.
Por fim, a circulação de pessoas e cargas (principalmente pneus) pelo país também é fator de risco, uma vez que favorece a circulação do vírus que causam a dengue e a dispersão do mosquito.

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