RIO DE JANEIRO
Mulheres também fizeram marcha pelo Centro do Rio
Uma manifestação de mulheres da Cúpula dos Povos causou um nó no  trânsito. Por volta das 11h30m, a pista lateral direita da Avenida  Presidente Antônio Carlos foi fechada pela marcha das mulheres no  sentido Candelária. Para minimizar os impactos no trânsito, as faixas do  sistema BRS foram temporariamente liberadas ao tráfego para todos os  veículos. 
Os reflexos da passeata chegaram às avenidas Presidente  Antônio Carlos e Beira Mar, Presidente Vargas, na altura da Rua de  Santana, Viaduto do Gasômetro e Elevado da Perimetral.
Segundo  organizadores do evento, cerca de 5 mil mulheres de 60 organizações  participaram da manifestação. A Polícia Militar, entretanto, ainda não  informou o número de protestantes. Por volta das 12h15m, elas se  instalaram no Largo da Carioca, junto com outros movimentos populares.
 Antes de chegar ao Largo, manifestantes percorreram a Rua da Assembleia  e, por isso, a Avenida Rio Branco ficou temporariamente interditada  nesse trecho. A manifestação acabou por volta das 13h, na altura da  Avenida Almirante Barroso. Segundo informação dos militantes, cerca de  dez mil pessoas participaram.
De acordo com uma das organizadoras  da Marcha das Mulheres e representante da via campesina, Adriana Mesali,  o objetivo do movimento não era parar a cidade, mas chamar atenção para  a reinvidicação dos movimentos.
— A gente não quer perturbar a  vida de ninguém, mas em algumas situações é necessário ocupar as ruas  para que a cidade perceba a luta dos movimentos sociais. Não adianta  ficar concentrado somente no Aterro do Flamengo — disse Adriana, que é  uma das principais lideranças femininas no campo.
Uma das líderes do movimento, Schuma Schumacher disse que a ideia é chamar a atenção do governo.
—  Queremos mostrar que um documento baseado no livre mercado não será a  solução. Não há solução ambiental sem solução social e enfrentamento da  pobreza. É por isso que estamos lutando — falou.
A ecóloga Thais  Moraes veio de Belo Horizonte especialmente para a Marcha. Aos 23 anos,  ela fez barulho tocando um latão pela legalização do aborto:
— As mulheres precisam ter o direito de fazer o que quiserem com seu corpo. Por isso que faço barulho.
Já  a funcionária pública Ana Cristina Serafim, de 44, veio com outras 40  mulheres de Fortaleza em defesa pela liberdade. Para ela, ser livre  signifca não ser alvo de violência doméstica e possuir um trabalho  digno.
— Mulher tem prazo de validade. Depois dos 40, a vida fica mais difícil.
As  principais reinvidações são a campanha contra a economia verde, contra a  proibição do aborto e em favor da liberdade do corpo. Leila Tavares, da  Marcha Mundial das Mulheres afirmou:
— Estamos aqui para dizer  não à economia verde, não à mercantilização dos recursos naturais e do  nosso corpo.O grupo deixou o Museu de Arte Moderna (MAM) em direção ao  Largo da Carioca pela Avenida Beira-Mar, que apresentou lentidão no  tráfego.
A Manifestação das Mulheres por Justiça Social Ambiental  Contra a Mercantilização da Vida em Defesa dos Bens Comuns tem  participação de representantes do Movimento Sem Terra (MST) e  feministas. 
Os manifestantes seguiram para a Avenida Beira Mar até o  MAM, onde se juntaram a outro grupo de mulheres. Elas vão fazer o  seguinte trajeto: Avenida Presidente Antonio Carlos, Rua da Assembleia,  Largo da Carioca.
Devido à manifestação, outras vias em direção ao  Centro tiveram problemas na manhã desta segunda-feira. A Radial Oeste  apresentou lentidão com reflexos na Avenida Marechal Rondon. 
Já o  congestionamento na Avenida Francisco Bicalho e Rodrigues Alves afetou a  Ponte Rio-Niterói, que teve lentidão em toda a sua extensão e  congestionamento nas saídas para o Elevado da Perimetral e para a  Rodoviária Novo Rio. Operadores da CET-Rio e guardas municipais seguem  orientando o tráfego.
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