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domingo, 29 de janeiro de 2023

ECONOMIA - Consumo de energia no RN teve a maior queda entre estados do Nordeste em 2022

O Rio Grande do Norte teve a maior redução, de 4,7% na comparação com 2021. Foto — © Fernando Frazão / Agência Brasil.

Em 2022 o consumo de energia elétrica diminuiu em sete dos nove estados do Nordeste. O Rio Grande do Norte teve a maior redução, de 4,7% na comparação com 2021. As exceções foram Maranhão e Bahia, que registraram alta de 13,5% e 0,9%, respectivamente.

O resultado reflete o maior volume de chuvas e as temperaturas mais amenas que as registradas no ano anterior em quase toda a região, o que desestimulou o uso de equipamentos de ar-condicionado. Os dados são da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

No Rio Grande do Norte, especificamente, houve uma retração de 6,8% no mercado regulado, aquele em que as residências e pequenas empresas contratam seu fornecimento diretamente das distribuidoras. A CCEE até observou um aumento de 3,1% no ambiente livre, no qual a indústria e as grandes redes de comércio e serviços podem escolher o seu fornecedor, mas isso não foi suficiente para reverter a queda no estado.

GERAÇÃO

Em 2022 o Rio Grande do Norte gerava 46,82% da capacidade de energia outorgada, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Potência outorgada corresponde àquela considerada pela Agência no ato de outorga para geração da energia elétrica, enquanto potência fiscalizada corresponde à considerada a partir da operação comercial realizada pela unidade geradora.

Segundo a Aneel, o Rio Grande do Norte era, em 2022, o maior produtor de energia eólica do Brasil. A Bahia tinha o maior potencial outorgado de 12,5 GW, e o RN era o segundo com 11,5 GW. No entanto, o Rio Grande do Norte gerava 6,8 GW – 59% do outorgado – enquanto o estado baiano gerava 6 GW. O número corresponde a quase um terço de toda energia eólica produzida no país nos 824 empreendimentos já em operação.

E este potencial de geração, aliás, é um dos atrativos do estado para a economia estadual, principalmente em virtude da localização geográfica, premiada com a passagem dos ventos alísios – importantes também para a produção salineira – que, segundo o geógrafo Rodolfo Alves Pena, são deslocamentos de massas de ar quente e úmido que se realizam de forma concêntrica em direção às áreas de menor pressão atmosférica das zonas equatoriais do globo terrestre.

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