Todo ano, milhões de pessoas veem o mundo ficar embaçado devido à catarata – e a qualidade da lente colocada dentro do olho na cirurgia define o quanto esse paciente vai voltar a enxergar bem.
É nesse ponto que uma criação feita em Maceió começa a ganhar espaço em hospitais mundo afora: a Galaxy, primeira lente espiral do mundo para tratamento de catarata, já ultrapassou 60 mil unidades vendidas em 2025 e deve alcançar 100 mil até o fim de 2026. A lente Galaxy foi idealizada pelo médico alagoano João Marcelo Lyra através da Logos Bioscience e o envolvimento de equipes universitárias. Em média, cada lente é comercializada a US$ 600 (cerca de R$ 3.300 na cotação atual) e a expectativa dos desenvolvedores é ultrapassar 500 mil unidades vendidas até 2030.
O produto também é indicado para correção refrativa, presbiopia (vista cansada) e hipermetropia, podendo substituir óculos para longe, intermediário e perto. Apenas no Brasil, isso eleva o mercado potencial para 10 a 12 milhões de pessoas acima de 55 anos, grupo que concentra a maior incidência dessas condições.
O que é uma lente espiral?
Diferente das lentes tradicionais, feitas em “anéis” que dividem a luz em blocos, a lente espiral organiza a luz em um desenho contínuo, em espiral, o que promete transições mais suaves entre visão de longe, intermediária e de perto – e, na prática, mais conforto visual para quem passa pela cirurgia.
Segundo o cirurgião, pacientes relatam independência dos óculos e melhor visão noturna, com redução expressiva de halos e distorções, algo que historicamente foi uma limitação das lentes trifocais tradicionais. A tecnologia nasceu em um ecossistema de pesquisa em Alagoas e hoje é usada em países como Reino Unido, Índia, Austrália, Nova Zelândia, Canadá e, mais recentemente, no Brasil. Por aqui, a aprovação pela Anvisa saiu há cerca de três meses e já responde por cerca de 10% das vendas totais.
O que é a catarata?
A catarata – opacificação do cristalino, a lente natural do olho – é hoje a principal causa de cegueira reversível no mundo. A cirurgia, que substitui o cristalino por uma lente artificial, é o procedimento oftalmológico mais realizado globalmente. No Brasil, cerca de 30 milhões são realizadas todo ano.
A catarata – opacificação do cristalino, a lente natural do olho – é hoje a principal causa de cegueira reversível no mundo. A cirurgia, que substitui o cristalino por uma lente artificial, é o procedimento oftalmológico mais realizado globalmente. No Brasil, cerca de 30 milhões são realizadas todo ano.
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