Memorial às vítimas de Covid

sábado, 21 de março de 2015

COTIDIANO - O "outro lado de" Parará-tim-bum

MC paulista de 20 anos, Tati Zaqui estourou no carnaval fantasiada de Branca de Neve, ao lado de duas
"Eu vou, eu vou..." À primeira escuta, o refrão parece mesmo ser o da inocente canção do clássico infantil Branca de Neve e ossete anões, mas a melodia é de um funk que fez sucesso no carnaval e continua sendo tocado e cantado por adultos, adolescentes e crianças por todo o Brasil. O Parará-tim-bum, entoado pela MC paulista Tati Zaqui, de 20 anos, chama a atenção especial de meninas e meninos, atraídos pela familiaridade sonora e pelo figurino da cantora, que entra em cena fantasiada da princesa.

Música e dança aguçam a curiosidade para a sexualidade por meio da coreografia e também da letra, que faz alusão não apenas ao ato sexual, mas também à pedofilia: "Deixa, senta/ Menino não se esqueça/ Mexer com essa novinha/ Vai te dar dor de cabeça/ Deixa, deixa/ Mostrar como ela faz/ Depois de alguns dias/ Tu vai tá pedindo mais”. O clipe, disponível no YouTube, potencializa a exposição, acessível após uma simples busca na internet. O vídeo tem milhões de acessos na web, no canal da cantora e em gravações de fãs dançando. A performance aparece também em programas de televisão e shows de outros artistas, como a cantora Anitta e a banda Aviões do Forró.

Por mais que as famílias não costumem escutar músicas desse tipo em casa, canções de duplo sentido ou que fazem apologia ao sexo e a um crime sexual acabam chegando aos ouvidos de crianças e adolescentes, ainda em formação. Como proceder? Deixar as crianças cantarem sem interferir (afinal, talvez isso acabe atraindo mais atenção), dizer que não é legal e arriscar ouvir o tradicional "por quê?", dando início a uma conversa sobre o assunto? Uma dúvida que parece simples, muitas vezes se torna um dilema para pais e mães, na legítima vontade de acertar e fazer o melhor possível na educação (também sexual) de seus filhos.

Nenhum comentário: