O embate entre o Congresso e o Ministério da Fazenda em torno do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) subiu de tom nesta quinta-feira (29), após uma reunião entre o titular da pasta, Fernando Haddad, e os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Em entrevista coletiva, Motta afirmou que o presidente Lula precisa entrar nas discussões e apresentar alternativas ao aumento do imposto para não forçar a Câmara a suspender a decisão tomada pelo Executivo na última semana.
O presidente da Câmara disse ainda que deu um prazo
de dez dias para que o governo apresente justificativas sobre a
necessidade de elevar o IOF. De acordo com ele, também ficou acordado que nesse
mesmo prazo o Executivo apresentará um plano concreto para reduzir os gastos
públicos. (CNN Brasil)
Governo não abre mão
Haddad informou a Motta e a Alcolumbre que não
existem alternativas viáveis ao aumento do IOF no curto prazo. No
encontro, o ministro da Fazenda afirmou que não trabalha com a hipótese de
revogar a medida e que, sem ela, o funcionamento da máquina pública ficaria em
situação delicada. Haddad disse ainda que as alternativas exigidas pelo
Congresso só poderiam ser apresentadas a partir de 2026. (UOL)
O encontro com os líderes do Parlamento aconteceu na
casa do presidente do Senado, já no final da noite de quarta-feira. O
clima da reunião, que durou duas horas, foi tenso, e Haddad pediu bom senso aos
parlamentares. Motta e Alcolumbre disseram ao ministro que a decisão de
aumentar o IOF caiu muito mal no Congresso e que o clima entre os parlamentares
era de revogar, por decreto legislativo, o aumento do imposto. (Globo)
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