O técnico alvinegro, Rafael Lacerda, como ele mesmo já havia dito, mexeu no time titular mais uma vez. No gol, no esquema de rodízio, Carlos Eduardo voltou a ser o camisa 1. A zaga teve uma dupla com Thiago Spice e Bebeto. Na ala esquerda Gustavo assumiu a vaga de Bebeto.
Com tantas mudanças, o Alvinegro voltou a sentir a falta do entrosamento e se tornou presa fácil para a marcação do Baraúnas. Tanto que o Alvinegro só conseguiu o primeiro arremate aos 25 minutos de bola rolando.
Ao time da casa faltava praticamente tudo. A saída de bola, também conhecida no futebol moderno como transição ofensiva, era feito no ritmo da valsa e com pouca objetividade. O meio de campo se escondia do jogo repassando a responsabilidade para os zagueiros que apostavam em bolas longas e inúteis. Já o ataque assistia a toda essa pasmaceira e decidiu se comportar da mesma forma apenas observando os “lírios do campo”.
O Baraúnas que, nitidamente, estava satisfeito com o empate que o colocaria na segunda posição do Grupo B, aproveitava o jogo de marcha lenta para consolidar o 0 a 0. Em alguns momentos, no entanto, o Tricolor arriscava algo no ataque tamanha era a falta de interesse dos donos da casa.
Aos 30 minutos, o Leão disse que estava em campo e ameaçou. Na bola parada, Cleiton Pitbull ajeitou com carinho e acertou um “balaço”. No centro do gol, para não correr riscos, Carlos Eduardo deu um tapinha na bola e cedeu o escanteio ao rival.
Próximo do final dos primeiros 45 minutos o ABC, até temendo as vaias que já estavam previstas após o apito do árbitro para o intervalo, tentou reagir. Aos 43 minutos deu certo. Wallyson apareceu na esquerda e cruzou no capricho para Léo Guerra. O atacante subiu mas, segundo a arbitragem foi o defensor do Baraúnas Sávio quem fez contra: 1 a 0 para o ABC, acalmando a torcida alvinegra antes do intervalo.
O ABC voltou para o segundo tempo sem mudanças promovidas pelo técnico Rafael Lacerda. Por outro lado, o treinador do Baraúnas, Marcelinho Carioca optou por mexer na sua ala direita. Ele tirou Deyvson, que teve problemas para achar a marcação em Wallyson e Gustavo. Cleiton foi para campo.
Com apenas uma mudança em meio aos 22 jogadores, pouco mudou em termos técnicos e táticos. Se o primeiro tempo a bola “apanhou” em campo, até os 15 da etapa final o “espancamento” continuou, deixando a redondinha, quadrada.
Precisando empatar para assumir a segunda colocação, Marcelinho voltou a mudar o Baraúnas e a posicionar o time, agora, mais à frente. Balotelli e Wester foram as opções do time mossoroense.
No entanto, pouco foi alterado em campo. O ABC, em ritmo lento, se arrastava em campo. O Baraúnas, que tentava empatar, tropeçava na própria qualidade técnica. Dessa forma, o placar não foi alterado e o ABC venceu o Baraúnas por 1 a 0.
Globo faz “limpa” no elenco atual
O Globo oficializou o desligamento de 11 jogadores que integravam o elenco profissional do clube nessa terça-feira (30). A decisão ocorreu um dia após o time ser goleado por 7 a 0, contra o América, em jogo válido pelo Campeonato Potiguar. Os nomes dos atletas dispensados não foram divulgados.
De acordo com o clube, a saída dos atletas ocorreu em comum acordo. Em nota, o Globo aproveitou a oportunidade para “reafirmar seus valores, construído ao longo dos anos junto ao seu torcedor e ao povo potiguar”.
Diante de suspeitas de manipulação de resultados no campeonato, a Federação Norte-rio-grandense de Futebol (FNF) solicitou apoio e providência de autoridades para apuração dos casos. Um expediente foi encaminhado ao Ministério Público Estadual (MPRN), Tribunal de Justiça Desportiva do RN, CBF e ao secretário de Segurança Pública do RN.
Anteriormente, a FNF já havia encaminhado suspeitas de manipulações em dois jogos do estadual ao MPRN. Um deles era do Globo, contra o Santa Cruz, quando foi derrotado por 2 a 0 no último dia 21. A outra partida sob suspeita é a goleada do ABC por 6 a 0 contra o Força e Luz, no último dia 17. A movimentação atípica de apostas nos dois jogos foi apontada por uma empresa contratada pela CBF.
Tribuna do Norte
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