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quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

CLIMA - Calor matou mais que deslizamentos de terra no Brasil, aponta estudo.

Um estudo conduzido por 12 pesquisadores de instituições brasileiras e portuguesas, incluindo a Universidade de Lisboa e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), revelou um grande aumento nas ondas de calor no Brasil entre os anos de 2010 e 2020. Os pesquisadores utilizaram o Fator de Excesso de Calor (EHF, na sigla em inglês), que leva em consideração a intensidade, duração e frequência de aumentos na temperatura para prever níveis considerados nocivos à saúde humana.

No intervalo estudado o Brasil enfrentou de 3 a 11 ondas de calor por ano, quase quatro vezes mais que na década de 1970, quando apenas três desses eventos climáticos foram registrados. As análises incluíram dados das 14 áreas metropolitanas mais populosas do país, onde reside 35% da população nacional, totalizando 74 milhões de brasileiros.

Foram assim consideradas as seguintes cidades: Manaus e Belém, no Norte; Fortaleza, Salvador e Recife, no Nordeste; São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, no Sudeste; Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre, no Sul; e as regiões metropolitanas de Goiânia, Cuiabá e do Distrito Federal, no Centro-Oeste.

O estudo também constatou que, de 2000 a 2018, aproximadamente 48 mil pessoas morreram devido aos bruscos aumentos de temperatura no Brasil, superando o número de mortes por deslizamentos de terra no mesmo período. A análise dos pesquisadores baseou-se em mais de 9 milhões de registros de óbitos ocorridos durante o período.

Além do aumento na quantidade, as ondas de calor estão se tornando mais prolongadas. Nas décadas de 1970 e 1980, esses eventos adversos duravam de três a cinco dias, enquanto entre os anos de 2000 e 2010, a duração variou de quatro a seis dias.

Opoti

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