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sexta-feira, 2 de abril de 2010

Senadores reclamam de baixo salário

Alguns senadores presentes na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) reclamaram, em sessão realizada ontem (quarta-feira), que o salário dos senadores “não é o que se pensa”. Os comentários foram feitos depois que Pedro Simon (PMDB-RS) admitiu que não consegue pagar previdência privada com o vencimento que recebe. Segundo ele, o valor a ser custeado seria de pouco mais de R$ 4 mil.

Depois da fala de Simon, senadores conversaram sobre o valor dos vencimentos dos parlamentares. “Depois dizem que nós ganhamos muito. No caso do Simon, por exemplo, veja como são as coisas. Este senador tem mais de 30 anos de prestação de bons serviços ao país como político. Foi uma figura muito importante em momentos históricos. Agora, revela que não consegue pagar R$ 4 mil [para a previdência privada]. Um senador ganha R$ 16 mil, sem o desconto dos impostos”, afirmou o vice-presidente da CCJ, Wellington Salgado (PMDB-MG). “Um delegado federal em início de carreira ganha mais que um senador”, completou Jayme Campos (DEM-MT).

Wellington Salgado, que fazia parte da chamada tropa de choque do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-RS), em meio à crise institucional no começo de 2009, ainda criticou a atuação da imprensa. “Donos de jornais e rádios direcionam a opinião pública [caso Sarney]. Como é difícil julgar alguém na Comissão de Ética com a pressão popular (...). Vimos que depois de tudo aquilo mudaram as regras de cotas de passagens na Casa. Hoje, não podemos custear viagens de convidados em audiências públicas para debater assuntos importantes na comissão. Vi todas essas incoerências e absurdos aqui dentro do Senado. Acredito que a democracia no país ainda não está madura”, disse Salgado.


Com informações de Leandro Keller.

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