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segunda-feira, 11 de agosto de 2025
SAÚDE - Câncer é a segunda principal causa de morte Ano RN.
As mortes por câncer foram a segunda maior causa de mortalidade no Rio Grande do Norte em 2024, com 3.827 registros. Os dados são do Ministério da Saúde e foram analisados pelo NOVO. As neoplasias representaram 17% dos óbitos no estado, ficando atrás apenas das doenças cardiovasculares, responsáveis por 5.888 mortes no mesmo período — o equivalente a 27% do total.
Em terceiro lugar no ranking das causas de morte estão as doenças respiratórias (2.682), seguidas pelas causas externas, como acidentes de trânsito, que somaram 1.955 ocorrências. Em Natal, a proporção de mortes por câncer é ainda maior: 19% do total.
Entre os tipos de câncer, os tumores dos órgãos do sistema digestivo foram os mais letais, com 1.180 casos — cerca de 30% do total de neoplasias registradas no estado. Esse tipo de câncer pode se desenvolver ao longo de todo o trato gastrointestinal, incluindo estômago, fígado, pâncreas, intestinos, reto e ânus.
O número de mortes por câncer teve alta de 5,7% em cinco anos, passando de 3.620 em 2020 para 3.827 em 2024. A região Nordeste também apresentou um crescimento no número de mortes por neoplasias entre 2020 e 2024, passando de 51.705 para 55.110 — o que representa um aumento de 11,7%.
A tendência de crescimento das mortes por câncer acompanha o cenário global. Um estudo da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc) aponta que, em 2019, os tumores já eram responsáveis pela maioria dos óbitos prematuros (entre 30 e 70 anos) em 57 países.
O estudo aponta que a expectativa é de que esse padrão se consolide em grande parte das nações ao longo deste século. O cirurgião oncológico Selso Melo, cooperado da Unimed Natal, destaca a importância das consultas regulares para evitar o surgimento de tumores ou detectá-los precocemente.
“Através de boas consultas, realizadas regularmente (a depender de cada caso), podemos prever maior ou menor risco de os pacientes desenvolverem determinados tipos de câncer e atuar sobre isso — a chamada prevenção primária — evitando que um tumor apareça ou, caso ele surja, que seja detectado precocemente, o que nos remete à chamada prevenção secundária. Isso leva a um tratamento menos agressivo, com menos sequelas e retorno mais precoce à vida normal. Isso se traduz em maior tempo de vida livre da doença e com saúde”, explica o médico.
Selso Melo também destaca a importância de exames como a colonoscopia. “A mulher precisa ir ao ginecologista anualmente, realizar a mamografia; o homem deve consultar o urologista. Já a colonoscopia — exame que permite visualizar o intestino grosso (cólon) e a parte final do intestino delgado — deve ser um hábito anual a partir dos 45 anos para todos”, pontua.
Para o especialista, os hábitos de vida saudáveis são a principal ferramenta para prevenção. Entre as práticas recomendadas estão a alimentação balanceada, não fumar e reduzir o consumo de bebidas alcoólicas e alimentos ultraprocessados. O oncologista também chama atenção para outros fatores que podem influenciar na maior incidência de câncer. O sedentarismo, adverte ele, é um deles. “O ideal é praticar exercícios físicos regularmente (sob orientação profissional) e manter uma dieta equilibrada”, reforça.
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