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quarta-feira, 12 de junho de 2013

TODOS CONTRA O TRABALHO INFANTIL

Papa faz apelo contra "fenômeno deplorável" que é a exploração de crianças no trabalho doméstico

Antes de ler a matéria do Papa Francisco, não esqueça que hoje, a partir das 16h, na Avenida Angelo Varela, em frente ao hospital Maria Rodrigues de Melo, acontecerá evento alusivo ao dia contra o Trabalho Infantil. A prefeitura Municipal, através da Secretaria de Municipal de Trabalho, Habitação e Assistência Social (SEMTHAS) estará realizando um grande evento com orientações sobre os direitos das crianças. Picolés, Pipoca, Algodão doce e muito mais,  são alguns dos atrativos para as crianças. Não esqueça e compareça!!!

Agora leia o texto

O papa Francisco lançou hoje um apelo contra a "exploração das crianças no trabalho doméstico", que classificou como um "fenômeno deplorável em crescimento constante"."Há milhões de menores, na maioria meninas, que são vítimas desta forma escondida de exploração, que muitas vezes inclui abuso sexual, maus-tratos e discriminações", lamentou o papa, no final da sua audiência geral semanal perante cerca de 60.000 pessoas na praça da São Pedro, no Vaticano.

O papa, que falava a propósito do Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, desejou "vivamente que a comunidade internacional possa tomar medidas cada vez mais eficazes para combater esta verdadeira praga. É uma verdadeira escravidão", exclamou.

"Todas as crianças devem poder brincar, estudar, rezar e crescer no seio das suas próprias famílias, num meio harmonioso, de amor e de serenidade: é o seu direito e é o nosso dever", afirmou, sublinhando que uma infância serena permite às crianças olhar com confiança a vida e o futuro.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima hoje em 10,5 milhões o número de crianças usadas em trabalho doméstico em todo o mundo, em condições de insegurança e até parecidas com a escravidão.

A agência da Organização das Nações Unidas para o trabalho disse que cerca de três quartos destas crianças são meninas e que 6,5 milhões destes trabalhadores domésticos têm entre 5 e 14 anos.

Em um relatório com 87 páginas, divulgado no âmbito do Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, que se celebra hoje, a OIT diz que a situação mais preocupante é na África Subsaariana, em particular em países como Burkina Faso, Gana, Costa do Marfim e Mali, mas também destaca as situações de famílias rurais no Paquistão e Nepal, que são por vezes obrigadas a enviar os seus filhos para trabalhos domésticos como forma de pagarem dívidas.

Vulneráveis à violência física, psicológica e sexual e a condições de trabalho abusivas, acabam muitas vezes isoladas das suas famílias, escondidas do olhar público e muito dependentes dos seus empregadores. Muitas vezes, acrescenta ainda a OIT, acabam forçadas a prostituírem-se.

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